quarta-feira, janeiro 17, 2007

2007 Poderá ser o ano mais quente

Notícia: Cientistas britânicos concordam que 2007 poderá ser o ano mais quente

Investigadores do instituto britânico Met Office corroboraram hoje a previsão feita esta semana pela Universidade de East Anglia de que o ano de 2007 poderá ser o mais quente desde que há registos.

A temperatura média global do planeta deverá ser, este ano, 0,54 graus mais alta do que a média do período entre 1961 e 1990, prevê o Met Office."Há 60 por cento de probabilidades de que 2007 seja tão ou mais quente do que o ano mais quente de sempre [desde que há registos], ou seja, 1998", afirma o Met Office em comunicado. As temperaturas em 1998 foram 0,52 graus mais elevadas em relação ao período em análise.

A provável subida da temperatura é, em parte, provocada pelo fenónemo climatérico El Niño, gerado pelo aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico. Os especialistas do Met Office estimam que o El Niño vai ter uma grande influência nas temperaturas globais durante todo o ano.

"Esta nova informação é mais um alerta de que as alterações climáticas já estão a acontecer no planeta", comentou Katie Hopkins, do Met Office.

Na passada segunda-feira, Phil Jones, director da Unidade de Investigação do Clima da Universidade de East Anglia, afirmou que o efeito de estufa e o El Niño poderão fazer de 2007 o ano mais quente desde que há registo.

Serviço de saúde britânico mais activo no combate às alterações climáticas.

Perante estas previsões, e com o relatório Stern ainda presente – considera vital o combate imediato às alterações climáticas –, o Governo britânico anunciou hoje a criação de um fundo de cem milhões de libras (148 milhões de euros) para ajudar o Serviço Nacional de Saúde a enfrentar a crise do sobre-aquecimento. A ideia é ajudar os hospitais e centros de saúde a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono, aumentar a eficiência energética e a reduzir o consumo de energia. O dinheiro será ainda usado para dotar os edifícios de sistemas de energias renováveis.

O cenário para 2007 fica completo com o degelo no Árctico – de onde se desprendeu uma massa de gelo com 66 quilómetros quadrados – e com a falta de neve nas estâncias de esqui, que ameaça os desportos de Inverno.

O Instituto de Meteorologia holandês referiu hoje que 2006 foi o mais quente dos últimos 300 anos no país, com temperaturas médias de 11,2 graus. Se essa tendência se mantiver, a maratona ao longo dos canais gelados da Holanda, a Eleven Towns Tour, realizada em Janeiro, poderá acabar. O evento realiza-se quando o gelo atinge uma camada de, pelo menos, 15 centímetros de espessura ao longo de todo o percurso, algo que só aconteceu 15 vezes nos últimos cem anos. A última vez foi em 1997.

Fonte: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1281506&idCanal=35
Data da notícia: 04/01/2007



Comentário:

Escolhi esta notícia porque me lembro de ter visto, no telejornal, quando foi anunciada e despertou-me logo a atenção pois levanta uma questão muito preocupante e que diz respeito a todos nós, o aquecimento global e as suas consequências, infelizmente também me lembro que a noticia foi dada no fecho do telejornal e não como notícia de abertura.
Os Cientistas Britânicos indicam que este ano será o ano mais quente desde que há registo, este fenómeno de alterações climáticas é já considerado um dos maiores problemas ambientais deste século.
Com o crescente aumento do consumo de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) as concentrações de gases como o dióxido de carbono na atmosfera atingem agora níveis preocupantes. Assim, o Homem está inadvertidamente a provocar alterações climáticas não naturais, que levam a um aumento da temperatura média global, e consequentemente a uma maior ocorrência de fenómenos climáticos extremos, tais como, ondas de calor, degelo, secas, incêndios e inundações. O aumento da temperatura média global associada ao degelo dos glaciares das montanhas, provoca ainda uma subida do nível do mar.
Quando vamos averiguar o que está a ser feito para atenuar ou minimizar estes problemas, constatamos que, os países desenvolvidos acordaram em 1997, em Quioto, reduzir as emissões dos seis principais gases com efeito estufa, através da ratificação de um protocolo, o Protocolo de Quioto.
O problema é que alguns dos principais países responsáveis pela emissão de gases com efeito de estufa não assinaram o protocolo, tal como é o caso Estados Unidos da América, que representam cerca de um terço das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. Existe aqui por parte dos Estados Unidos da América uma posição pouco ética, afirmam-se como salvadores de opressões e regimes, e defensores dos direitos da humanidade, mas quando se trata de contribuir para salvar o ambiente mundial e colocar um travão na sua destruição, eles viram a cara e olham para os dólares perdidos que isso representaria, não aceitando estar sujeitos a normas, regras e politicas que visam a preservação e protecção do meio ambiente. Será que as consequências provenientes desta posição dos Estados Unidos da América justificam os dólares que vão ser vão ser ganhos pelos líderes desta super potência? As consequências já estão à vista de todos nós e bem evidenciadas nesta noticia, este ano segundo nos indicam os cientistas, será um marco disso mesmo ao atingirmos as mais altas temperaturas de sempre. Pergunto a mim mesmo que mais será necessário acontecer para que as pessoas com influências para mudar radicalmente a direcção que estamos a tomar, consigam ter uma atitude eticamente correcta ao zelarem não pelos zeros da sua conta bancária, mas sim pela preservação do meio ambiente?

1 comentário:

Orlando Roque disse...

"Notícia Inválida" por ausência de conteúdo ou ligação ético-profissional.