Portugal tem economistas a mais e empresários a menos"

Diário de noticias, 2 de Maio de 2006

"Promovam a vocação empresarial junto dos economistas." Foi este o desafio deixado por José Roquette à Ordem dos Economistas, na quarta-feira passada, num encontro promovido por aquela organização em que o empresário foi a figura convidada para falar sobre ética empresarial. Porque "Portugal tem hoje economistas a mais e empresários a menos", afirmou. Considerando que era um desafio pesado aquele que deixava ao bastonário da Ordem dos Economistas, Murteira Nabo, Roquette sublinhou: "Até porque não é nada fácil ser empresário. Os riscos são grandes e o primeiro falhanço ainda é muito penoso e marcante. Mas esta é a sede própria para se promover a formação de uma nova classe empresarial portuguesa, já que não existe a Ordem dos Empresários. Esta poderia ser uma das funções da CEP (Confederação Empresarial de Portugal), mas esse projecto está em banho maria."
Na opinião do empresário e ex- -dirigente do Sporting, "se quisermos deixar o ónus da culpa do que corre mal no País para a classe política não vamos a lado nenhum e Portugal não terá hipóteses de percorrer um bom caminho". "A única forma de a economia portuguesa crescer é criando-se investimento sustentado. Neste aspecto, o Estado dever ser árbitro e não jogador. Cabe aos empresários assumirem o seu papel de geradores de crescimento sustentado. Portugal tem falta de projectos sustentáveis e que percorram várias legislaturas", realçou. Roquette chamou ainda a atenção da classe empresarial e política para a necessidade de se definirem estratégias de afirmação do País no exterior. "Não podemos competir em todos os sectores. Isso está fora de questão. É preciso fazer opções e definir uma estratégia. Portugal tem um grande défice estratégico. Mas, também nesta matéria, a sociedade civil tem uma altíssima responsabilidade." Segundo o empresário, há ainda um outro problema que a classe empresarial portuguesa terá de resolver: o da sua imagem. "Os empresários portugueses têm a imagem dos promotores de desemprego, evasores fiscais, poluidores, entre outras coisas. Têm uma má imagem."A solução para este problema, diz, é a ética empresarial. "Há uma questão cultural que é geradora da diferença qualitativa. E é essa questão que tem de ser mudada pela classe empresarial. Se assim não for, nem que o Estado triplique o número de fiscais do fisco se resolve o problema da fuga aos paralela."impostos e da economia
Os empresários portugueses devem perceber que "a ética compensa. Até porque hoje já não há empresa que não seja socialmente responsável que não seja penalizada. A ética nos negócios é o caminho para garantir o crescimento sustentado dos resultados".Neste campo da ética empresarial considerou como um grande exemplo em Portugal a EDP, empresa de que foi administrador até há cerca de um mês. "Tem um código de ética exemplar. E do ponto de vista da sua execução é igualmente exemplar."

Comentário:

Ao procurar, outras notícias, reparei nesta que é bastante interessante para todos, e principalmente para nós que frequentamos um curso de gestão.
Esta notícia, relata porque temos um país tão pouco desenvolvido.
Prova-nos que sem uma boa “ética empresarial”, não conseguimos ultrapassar os nossos obstáculos, ou melhor não vamos conseguir vencer!
Sabe-se à partida, que para abrir um “negócio” é necessário correr e ultrapassar inúmeros riscos, pois há falta de apoios do nosso Estado. Este devia ajudar a criar novos empresários, para que possa-mos competir com outros países.
Como podemos constatar na própria notícia uma frase muito célebre, “deixem-nos percorrer um bom caminho”, onde eu estou de acordo na plenitude.
Portugal precisa de ir para a frente!
É necessário, mostrar aos outros países o que cá temos de bom para que possamos competir com a Europa.
Posso enumerar várias coisas, cortiça, vinhos, azeitona, etc.
Porque não apostar em novos empresários?
Criar mais postos de trabalho, diminuir o desemprego.
Eu penso que uma das soluções para isto são os bons princípios de Ética o que é fundamental!
Para que os novos empresários obtenham sucesso nos seus negócios é necessário utilizar um bom código de Ética!
Temos que seguir os bons exemplos, como por exemplo, o caso da EDP por ter sido considerada a empresa com ideias mais viradas paras os bons pricípios de ética.
Aqui deixo o meu apelo para um Portugal melhor e mais competitivo no que diz respeito ao mundo empresarial.
O Governo tem que interferir, ajudar mais os nosso empresários. Não se pode esquecer dos bons princípios de Ética.
E claro, é preciso nunca esquecer, que para os novos empresários a Ética empresarial é fundamental, para que todos nós, possamos ter um futuro risonho, em termos empresariais.
Na minha opinião, penso que também deveria existir mais informação sobre a criação de novas empresas, para que o jovem empresário possa estar mais informado antes
de decidir seguir em frente com o seu negócio.

Hugo Peças n.º 3729