Noticia publicada no site:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/8644627.htm, no dia 05/01/2007, pelas 12:51.
«O árbitro Paulo Baptista, de Portalegre, é o primeiro juiz da principal categoria a ser acusado de corrupção desportiva passiva, noticia hoje o jornal Público, revelando que o processo corre no Ministério Público da Figueira da Foz.
Além do árbitro de Portalegre, é também acusado Valentim Loureiro, o actual presidente da Mesa da Assembleia-geral da Liga de Clubes de Futebol, no quadro de "um inquérito aberto a partir de uma certidão do Apito Dourado".
Em causa, segundo o jornal Público, está uma conversa telefónica datada de Novembro de 2003, na qual Valentim Loureiro pediu a Paulo Baptista que "não prejudicasse" a Naval 1º de Maio – equipa que tentava a subida à primeira Liga –, no jogo com o Chaves.
De acordo com a certidão, remetida de Gondomar para a Figueira da Foz, Paulo Baptista terá acedido ao pedido de Valentim Loureiro, mas terá alertado o então presidente da Liga de Clubes para ter atenção aos observadores a serem nomeados para o jogo.
Este "favor" de Valentim Loureiro terá sido inicialmente proposto por Aprígio Santos, presidente da Naval, que considerava que o seu clube estava a ser prejudicado pelas arbitragens.
Nas escutas telefónicas, Valentim Loureiro terá pedido a Júlio Mouco, vogal da comissão de arbitragem da Liga de Clubes, para serenar Aprígio Santos, lembrando que foram eles que os puseram na Liga.
No jogo entre a Naval 1º de Maio e o Desportivo de Chaves, a equipa da Figueira da Foz venceu por 1-0, numa partida em que três peritos (Jorge Coroado, Vítor Pereira e Adelino Antunes) reconheceram três erros que prejudicaram os flavienses.
No âmbito desta acusação, Valentim Loureiro e Paulo Baptista já pediram a abertura da instrução, com o líder da Liga, segundo o Público, a "insistir na inconstitucionalidade do diploma que pune a corrupção desportiva" e na "nulidade das escutas telefónicas".»
Comentário:
Esta notícia é apenas mais uma sobre a ilegalidade que se vive actualmente no futebol, assim como no desporto em geral. Todos os dias se ouve falar de corrupção desportiva, onde árbitros, treinadores, presidentes de clubes de futebol, etc., estão envolvidos.
Desta vez, foi o árbitro Paulo Baptista que foi acusado de corrupção desportiva. Para além dele também Valentim Loureiro, actual presidente da Liga de Clubes de Futebol, foi incriminado por estar envolvido no caso.
Ao que parece, o presidente da Liga de Clubes, Valentim Loureiro, pediu ao árbitro em questão que não prejudicasse o clube de futebol Naval 1º de Maio (que tentava a sua subida à primeira Liga), num jogo contra o Desportivo de Chaves, pelo que Paulo Baptista resolveu aceder ao seu pedido.
Acontece que num jogo entre as duas equipas, a da Figueira da Foz ganhou por 1-0, quando três peritos do futebol (Jorge Coroado, Vítor Pereira e Adelino Antunes) reconheceram três erros que prejudicaram o Desportivo de Chaves, o que acaba por vir provar a ilegalidade das atitudes de Valentim Loureiro e de Paulo Baptista.
Na minha opinião, a atitude do presidente da Liga de Clubes revela uma enorme falta de ética profissional. Não é por ser uma pessoa “importante” no mundo do desporto que tem o direito de pensar que pode fazer tudo o que quer e prejudicar os clubes de futebol, em benefício de uma outra equipa. Como se não bastasse, Paulo Baptista acedeu ao pedido de Valentim Loureiro, revelando também ele uma grande falta de ética profissional e de bom senso. Acho muito correcto que estes dois indivíduos sejam punidos de uma forma justa, como por exemplo, demitidos dos cargos que têm actualmente no mundo do desporto. Parece-me que só desta forma é possível por termo a situações deste género.
Para além destes dois indivíduos, é importante frisar que o primeiro pedido, para beneficiar a equipa Naval 1º de Maio, partiu do presidente do próprio clube, que pediu a Valentim Loureiro, que por sua vez, fez o pedido a Paulo Baptista.
Só no mesmo caso, como é perceptível, existem três casos de falta de ética e de responsabilidade. Como é possível as pessoas não pensarem nos seus actos, serem mal formadas e não terem receio do que lhes pode acontecer? A minha resposta, dada de acordo com a minha opinião pessoal, é que os castigos atribuídos nestes casos é muito injusto e não é, de forma alguma, proporcional ao mal que as pessoas fazem, é, pelo contrário, muito inferior, pois se fosse proporcional, com toda a certeza, existiriam cada vez menos casos de corrupção no nosso país.
E será que não são estabelecidos códigos de ética no desporto? Seria lógico que existissem, mas como se pode ver, ou não os há ou, por outro lado, foram estabelecidos mas não são seguidos à risca. No entanto, a ética deve partir das próprias pessoas e quando não se é ético na vida pessoal, julgo que também é muito improvável que se seja na vida profissional, já para não falar na ilegalidade inerente a estes acontecimentos.
Na minha opinião, a atitude a tomar neste caso seria a suspensão permanente de todos os envolvidos (Valentim Loureiro, Paulo Baptista, Aprígio Santos e muitos outros indivíduos que tenham participado nestes actos de corrupção desportiva) e a impossibilidade de voltar a exercer cargos relacionados com o mundo do desporto.
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1 comentário:
"Notícia Inválida" por ausência de conteúdo ou ligação ético-profissional.
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