sexta-feira, janeiro 12, 2007

Comprou empresa falida e ajudou operários

A AFA - Produção de Moldes, situada na Marinha Grande, encerrou no último trimestre de 2006, mas os cerca de 50 ex-trabalhadores estão a ser recolocados noutras empresas. O novo proprietário do imóvel e da maquinaria ainda não sabe qual vai ser o futuro das antigas instalações, mas os funcionários, garante, não vão ficar desempregados. "Quase metade das pessoas já se encontra a trabalhar e, dentro de dois a três meses, a situação estará totalmente resolvida", assegurou ao JN Mário Silva.
A trabalhar na indústria pesada metalomecânica há 15 anos, primeiro na Alemanha, onde é proprietário de uma firma, e mais recentemente em Portugal, este empresário acaba de inaugurar uma nova unidade fabril, a Planfuro 2, na zona industrial de Vieira de Leiria, Marinha Grande, que vai produzir moldes para pára-choques de automóveis. Alguns dos ex-trabalhadores da AFA deverão integrar a nova fábrica, enquanto outros irão para a Planfuro 1, localizada em Regueira de Pontes, Leiria.
A história destas duas firmas repete-se. Em 1999, Mário Silva adquiriu a Planfuro, quando esta se preparava para fechar as portas. "Tinha, então, cinco funcionários", recorda, adiantando, que apesar de não ter intenções de a manter, apenas de vender a maquinaria, resolveu dedicar-se à produção "Quis ajudar as pessoas". Pagou as dívidas e ergueu a fábrica. Actualmente, emprega 50 pessoas.
No caso da AFA, o empresário serviu, inicialmente, de intermediário num negócio que, considera, seria bastante lucrativo para o concelho, com um dos maiores grupos de fornecedores de peças para a indústria automóvel do mundo. A venda não se concretizou e Mário Silva não conseguiu abandonar os 55 funcionários. "Foram três meses de guerra aberta para poder comprar a fábrica", conta. Primeiro, porque exigiu "o pagamento dos dois ordenados em atraso" e, segundo, porque apostou em "convencer os funcionários a rescindirem o contrato amigavelmente e a administração a pagar as indemnizações devidas".
A empresa acumulava 1,7 milhões de euros de dívidas e renegociar os valores e efectuar os pagamentos não foi tarefa fácil. O empresário fê-lo, sem nunca desistir das pessoas. "Os recursos humanos são muito importantes"
Jornal de noticias
Quinta-feira, 4 de Janeiro de 2007
http://jn.sapo.pt/2007/01/04/sul/comprou_empresa_falida_e_ajudou_oper.html


Comentário:

Sem duvida uma acto de ética empresarial não se importando só com os €, mas sim com o bem estar de todas as pessoas implicadas neste processo.
Apesar de estar-mos em Portugal, um pais não muito dado a questões de ética, em que cada um pensa e quer ser mais esperto que o outro, é claro que sempre se encontram excepções e esta é uma delas, não querendo dizer com isto que ele cumpra todos os princípios de ética, um empresário que esteve emigrado na Alemanha, o que o deve ter ajudado em questões éticas a tomar dentro de uma empresa visto esse país ser o “pouco” diferente do nosso e a mentalidade do povo em geral também.
Se todos os empresários deste pais seguissem um código de ética, pelo mais “estúpido” que seja pois sabemos que a mentalidade dos empresários é quanto mais lucro melhor( o que não quer dizer que seja mal pensado ou que esteja errado, pois esse é o objectivo de qualquer empresa) nem que para isso se tenha que fugir ao fisco, mentindo acerca de alguns detalhes despesa de hotéis, almoço, subsídios de deslocação, entre outras para declarar o menos possível, para que os impostos sobre o lucro sejam o menor possível.
Mas todos nós(futuros gestores) sabemos que em qualquer empresa é muito raro ter tudo em ordem, que não se tente de qualquer forma enganar o estado ou até mesmo os clientes, dizendo a estes mesmo que se quiser recibo terá que pagar mais 21%, claro que isto só funciona em pequenas empresas, nas grandes isso não acontece.
A nossa mentalidade em relação a estes problemas e a muitos outros têm que mudar, visto nós ser-mos os futuros empresários com códigos de ética a cumprir, não utilizando o nosso “poder” em benefícios de nós próprios ou contra os outros, nem que seja o estado. Podemos não estar deacordo com algo por exemplo a religião de um trabalhador, o seu clube de futebol, o seu partido eleitoral, não o vamos poder descriminar por isso.
Por isso a todos os futuros e actuais gestores ou donos de empresas, não deixem que o dinheiro ou a ambição pelo poder vos passe o por cima dos vossos valores éticos nem que isso vos custe o emprego!!!!!!; )

1 comentário:

Orlando Roque disse...

"Notícia Inválida" por ausência de conteúdo ou ligação ético-profissional.