Noticia retirada de um site da internet: www.sic.pt, artigo publicado dia 5/01//07, pelas 16h
Retirei a seguinte notícia no site da SIC, pois axei interessante para tratar do tema que nos dias decorrem e é um tema muito "falado", a ética: "Uma criança norte-americana de 9 anos com uma doença incurável foi submetida a tratamentos hormonais e cirúrgicos para impedir que cresça. A decisão foi tomada pelos pais que tiveram autorização de uma comissão de ética, mas está a levantar grande polémica nos Estados Unidos. Ashley é uma menina de nove anos com a capacidade mental de um bebé.Não fala, não anda, nem nunca o vai fazer porque sofre de uma doença incurável. No verão de 2004 os pais receberam luz verde de uma comissão de ética e avançaram para um tratamento hormonal e cirúrgico num hospital de Seattle, com o objectivo de travar o crescimento da criança. A terapêutica hormonal que limita o crescimento físico e também o aumento do peso vai permitir, dizem os pais e os médicos que acompanham o caso, melhorar a qualidade de vida de Ashley. A menina foi também submetida a várias intervenções cirúrgicas, como a remoção do útero e do apêndice com o objectivo de impedir que o peito cresça, evitar o aparecimento de pêlos e da menstruação. Este caso está a suscitar polémica nos Estados Unidos. Apesar de terem recebido autorização de uma comissão de ética os pais são acusados de estarem a tratar a filha de forma chocante e grotesca. Perante as críticas que surgiram após a divulgação do caso numa revista médica os pais decidiram criar um blogue onde contam a história de Ashley e justificam as decisões que tomaram. Os pais da menina, que mantêm o anonimato, garantem que tudo foi ponderado e executado a pensar no bem-estar da filha."
Comentário:
Note-se que, Ashley nasceu com um doença incurável, com 9 anos é comparada a um bebé de 3 meses pois não fala, não anda, não possui qualquer autonomia. Sendo os progenitores os responsáveis e quem mais zelam pela saúde da menina de 9 anos, "acharam por bem", para Ashley melhorar a qualidade de vida, avançar para um tratamento hormonal e cirúrgico para impedir que cresça., tendo autorização de uma comissão de ética.
O que se questiona, se é Ético o que os pais e a comissão de ética decidiram, para "tentarem" melhorar a qualidade de vida de Ashley, todavia caso está a suscitar polémica nos Estados Unidos.
O facto de esta menina de 9 anos não poder falar e andar, o caso é delicado, em que estão muitos factos interligados, criando-se muitas questões relacionadas com ética. A decisão paternal e da comissão de ética, evolução da medicina (ciência), religião.
Os pais de Ashley tomaram uma decisão em relação ao seu estado de saúde. Que poder tem os pais de decidir impedir o crescimento de uma filha, e fazer cirurgias para retirar órgãos essenciais para o desenvolvimento físico desta, já que a doença é muito profunda a nível mental. A consciência da situação é muito importante. Será que os pais de Ashley ponderarão os prós e contras em relação à decisão tomada. Os procedimentos médicos a que Ashley está a ser submetida apenas ocultam e retardam uma doença incurável, em que se põem em causa o seu sofrimento e "qualidade de vida". Relacionado com estas infinitas questões, em Portugal decorrerá um referendo ao aborto. O que se neste caso se questiona é a vida de um ser e a sua qualidade de vida. Note-se que, a decisão de paternal pode colocar em causa a sobrevivência de outro ser humano, em que será obrigatória interligar a sua qualidade de vida. Em suma, a decisão compete unicamente aos pais, tento consciência das atitudes.
A comissão ética não estará livre de certas perguntas sobre ética. Em que se basearam para dar luz verde ao seguimento do caso. A comissão ética é constituída por pessoas e para chegar a este parecer necessitaram informações de vários ramos, a nível da medicina, psicologia, …, sendo a decisão tomada pela comissão ética, atitude mais ética, no mesmo caso para outra sociedade pode não ser. É verdade, que cada indivíduo tem a sua moral consoante a sociedade em que está inserido. Mas este caso está a começar a espalhar-se a nível global, e cada sociedade tem a sua opinião. Não seria ético criar uma ética para todas as sociedades?!
A religião também consagra um grande peso no caso de Ashley, a moral dos indivíduos em relação a religião. Deus criou o homem com cabeça, tronco e membros, sendo que certos indivíduos nascem com algumas anomalias. A ciência tenta solucionar os "problemas", através da medicina. Os pais da criança de 9 anos para que a sua filha não tivesse que ficar uma vida inteira deitada numa cama de hospital, optaram por travar o crescimento desta.
Na minha opinião, por um lado concordo com a atitude tomada pelos pais, pois facto de ter que ficar uma vida inteira deitada numa cama de hospital é bastante desagradável. Ashley sendo a criança não possui qualquer autonomia, um simples aumento de peso ou o aparecimento da menstruação iria ser complicado para obter qualidade de vida. Assim, a decisão da criança ficar no conforto da família, optando por fazer tratamentos hormonais e cirúrgicos para impedir que o seu crescimento. O facto de se estar a levantar grande polémica nos Estados Unidos, como também se está a espalhar pelo resto do planeta.
Mas, por outro lado, não concordo com os procedimentos adoptados pois, cada ser humano (quer homem, quer mulher) tem a sua fisionomia e Ashley tento uma doença incurável (deficiência profunda) não se apercebe claramente o que passa ao seu redor, logo também ficar numa cama de hospital uma vida inteira penso que lhe seria indiferente, pois Ashley não anda, não fala, não possui qualquer tipo de autonomia.
Filipa Malveiro, n. 4309
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3 comentários:
Este é sem dúvida um caso que levanta muitas dúvidas, no que toca a melhor maneira de resolver tal questão.
Primeiramente não nos podemos esquecer que se trata de uma criança, que devido a doença deixou de desenvolver as suas capacidades físicas e mentais, deixando-a assim sem escolha ou decisão sobre a sua própria vida. No entanto e se analisarmos bem este caso, que vida teria esta criança se crescesse e se desenvolve-se como uma mulher dita, e considerada, normal?
Sendo esta muito jovem e incapacitada, a decisão fica nas mãos dos pais, que tem capacidade jurídica para tomar tal decisão. Recorri então ao blog, criado por ambos, para tentar perceber o que os tinha levado a tomar tal decisão tão definitiva e que altera por completo a “vida” da filha (se é que o que se pode chamar vida ao que ela tem).
Uma das coisas que me “chocou” (e desculpem-me quem acha o contrário, mas esta é a minha opinião), foi o facto de os pais justificarem a opção de controlar o crescimento da filha como sendo "uma prova de amor". Até que ponto tem os pais a certeza que, este tratamento a que a menina foi sujeita, não lhe trará ainda mais sofrimento?
Para mim, o que se está a fazer é, basicamente impor-lhe uma nova doença e não há doença que não implique sofrimento. Tendo em conta que, por certo os tratamentos a que foi sujeita para atrasar artificialmente o seu crescimento devem ser bastante duros, principalmente para uma criança que já sofre bastante, impingir tal dor suplementar será um acto de amor? Eu não o acho. Todos nos temos direito a desenvolver-nos normalmente, sendo pessoas ditas “normais” ou com alguma deficiência.
Outra das frases que me chamou atenção foi o facto de dizerem que, “Um erro comum das pessoas é o de acharem que este tratamento serve para nos facilitar o trabalho de cuidarmos da Ashley. Pelo contrário, o seu propósito principal é melhorar a qualidade de vida dela."
Até que ponto tem esta menina a consciência de que, após o tratamento a sua qualidade de vida aumenta. Segundo consta em outras sites, Ashley não consegue mexer-se sozinha, falar e os pais não sabem nem ao menos se a menina consegue reconhece-los. Por isso pergunto, até que ponto tem uma criança assim a consciência da melhora na sua qualidade de vida? Além do mais, os próprios pais admitem no site que, como Ashley permanecerá com o peso de uma criança, eles terão mais facilidade em movimentá-la, dar-lhe banho e envolvê-la nas actividades familiares. Assim sendo, nota-se assim uma contrariedade de pontos de vista.
Para mim, este tratamento feito a pequena Ashley, é considerado Violento, principalmente para a pequena. Diante dos argumentos dos pais, este tratamento até pode ter a sua lógica, no entanto não deixa de ser polémica.
Segundo alguns médicos, há alternativas a esse “procedimento extremo”. Segundo um médico Brasileiro, Fernando Kok, “a menstruação pode ser evitada apenas com medicamentos. Além disso, pessoas com paralisia cerebral ficam menores e menos pesadas que adultos saudáveis. A preocupação com a criança que vai crescer existe, mas nunca ouvi um pai dizer que queria uma ‘síndrome de Peter Pan’. Os pais sempre conseguem se adaptar às mudanças.”
Analisando este caso e o blog, ao que se refere a extracção do útero, os pais afirmam que, esta extracção previne que a menina engravide caso venha a ser sujeita a violência sexual. Tal ponto de vista para mim, é totalmente condenável. Além do mais e, analisando bem as palavras proferidas pelos pais da criança, tem-se a impressão de que os pais a preparam para ser violada.
Será está decisão dos pais ética? Só eles o sabem. Confesso que para mim não o é, mas quem sou eu para julgar os outros. Segundo as opiniões facultadas no blog, estes pais tem a perfeita consciência de que fizeram a coisa certa, ou seja, fizeram o melhor para a filha. Os argumentos utilizados no site e utilizados também com os comités éticos revelam a sua consciência ética no entanto, nem sempre essa consciência é a correcta.
Analisando agora o comité ético que aprovou o tratamento de Ashley, ponho-me a pensar, como tal procedimento pode ser autorizado? E quem são estas pessoas para decidir o que quer que seja sobre a vida de outro ser humano? A partida pensava eu que, a função de um médico era o de combater doenças, não a de induzir doenças pois, para mim foi o que estes fizeram. Onde esta aqui o lado ético da questão?
Para mim não existe ética nenhuma neste caso. Ético seria ajudar com medicação, a menina a passar por todos estes problemas, com o menor sofrimento possível e não, induzir-lhe ainda mais dor, mais sofrimento. Todos os médicos são guiados por um código de ética. Segundo o Código de Ética Médica, artigo 6 “O médico deve guardar absoluto respeito pela vida humana, actuando sempre em benefício do paciente. Jamais utilizará seus conhecimentos para gerar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano, ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade”. Neste caso onde esta o respeito pela vida e saúde da menina? Por certo este tratamento trouxe-lhe foi mais sofrimento, mais dor, não só a nível físico como moral.
Como tal começo a duvidar se existirá um código de ética neste comité pois, se existir esta decisão vai completamente contra este código de ética.
Não duvido do amor que, tanto os pais como os irmãos têm por esta criança, até porque fazem referência a isso durante todo o blog. Sei que o sofrimento, de quem quer que cuide de uma criança deficiente deve ser muito grande, e difícil de imaginar. Compreendo que os pais dessas mesmas crianças cedam ao desespero e até que baixem os braços e desistam, entregando os filhos aos cuidados de uma instituição. O que já não compreendo é que se lhes permita mutilar a pessoa, (totalmente indefesa) que aceitaram cuidar e proteger, a partir do momento do seu nascimento, ate ao fim dos seus dias.
Cátia Gonçalves nº4348
Ashley tendo nascido com uma doença incurável, levando a que os pais sofram com isso e até ela própria apesar de não ter capacidade para ver isso, não tem conhecimento daquilo que se passa com ela e nem com nada do que lhe acontece.
A consequência desta doença será que ela a medida que vai crescendo e quando atingir a adolescência, altura em que as raparigas lhe cresce os mamilos, lhe aparece a menstruação e começas a ter pelos púbicos, tudo isto para ela será uma atura grave porque as alterações que o corpo dela sofrerá podem leva-la ao falecimento devido a sua doença incurável.
Não só a doença que até agora da muito sofrimento aos pais porque vem a sua filha a depender de tudo na vida e nunca virá a ser uma criança normal mas também o facto de pensarem que um dia a viram a perder.
Havendo uma solução que impede que Ashley cresça e nunca atinja a adolescência os pais pedem autorização a uma comissão de ética, que também acho que seria ao melhor para a menina dando a autorização para submeterem a criança a tamanhas brutalidades.
Os pais estão a querer preservar a criança mas principalmente a eles.
Isto gerou grande polémica nos Estados Unidos questionarem-se sobre muitas questões relacionadas com ética.
Ashley é uma criança de 9 anos com a capacidade mental de um bebe, pois não fala, não anda nem nunca o vai fazer devido a doença com que vive desde a nascença, doença essa que é incurável e a tantas crianças a nascer com essa doença.
A doença de Ashley não tem cura com estes tratamentos os pais apenas querem evitar que Ashley passe pela fase em que s eira tornar uma mulher e que lhe pode trazer muitos problemas de saúde, o que em outros casos semelhantes tem levado crianças mulheres ao falecimento. Tendo em conta que os tratamentos a que foi sujeita para atrasar artificialmente o seu crescimento devem ser bastante duros, principalmente para uma criança que já sofre bastante, submeter uma criança a tal dor e sofrimento será um acto de carinho e amor?
Será que os pais e a comissão de ética tem o direito de impedir o crescimento de Ashley que já se encontra num estado de sofrimento e dor e ainda assim submeterem na a operações e a vários tratamentos. Será isto ético para uma criança? Eu não acho pois cada um de os tem o direito de se desenvolver e crescer como nasceu, sendem ou não normais, cada um tem de ser respeitado e amado como é e não como os pais o querem ou imaginam que neste caso exercer o direito de decisão já que Ashley não tem capacidade para o exercer. A dor da menina que já e grande com tanto tratamento ainda será maior e não é justo meter uma criança nestas condições a passar por muito mais sofrimento, ela deve ser amada pelos pais tal como é.
A terapeuta hormonal que limita o crescimento físico e também o aumento de peso da menina diz que o tratamento ira melhorar a qualidade de vida de Ashley, mas será certo meter uma menina em cirurgias tão arriscadas para lhe tirar órgão essenciais para o seu desenvolvimento físico, já que a doença é profunda a nível mental.
Ninguém tem o direito de impedir o ciclo normal da vida mesmo que sejam os pais.
E a comissão de ética tem o direito de dar a autorização que mecha a nível de sentimentos, medicina, religião e principalmente com o corpo de uma menina que não tem noção pelo que está a passar. A comissão não te o direito de tomar uma decisão sobre uma pessoa com sentimentos e que vai passar por factos tão dolorosos para ela, será que a doença será pior do eu os tratamentos e as operações por que a menina tem de passar.
Não seria mais ético deixara menina seguir o ciclo normal da vida? Na minha opinião acho que era pois ela tem a doença incurável com que nasceu mas não teria de passar por tanto tratamento, operações e sabe-se lá se todas estas coisas não lhe causaram maiores problemas de saúde para resto da sua vida.
A doença pode ser grave, mas ela não tem noção da doença comporta-se como um bebe sem qualquer sentido, mas os tratamentos são de tal forma brutais que a menina não merece.
È normal que os pais estejam a ser acusados de estarem a tratar a filha de forma chocante e grotesca.
A decisão paternal pode colocar em causa a sobrevivência da sua própria filha, um ser humano como outro qualquer apesar da sua doença é uma pessoa com direitos, e que deve ter momentos de felicidade embora não os reconheça, mas além de tudo isto esta é uma decisão que compete unicamente aos pais, tendem consciência ou não das suas atitudes.
Uma comissão de ética que é constituída por pessoas com coração penso eu, no que se baseou para dar autorização num caso destes. Será que estas pessoas antes de mais nada sabem o que é a ética, eu acho que não, pois para mim a ética é não deixar ou não fazer mal a outro ser humano, e não foi o que aconteceu, a comissão sabia a que tratamentos e que Ashley ia ser submetida e ainda aprovou que s pais o fizessem.
Isto levanta muitas questões pois aquilo que a comissão acho que era ético para Ashley muitas pessoas nos Estados Unidos não o acharam.
Cada pessoa com as suas características únicas e irrepetíveis, tem uma missão a desempenhar na construção da sociedade e no desenvolvimento da vida, que tem de ser potenciada e desenvolvida para a plena realização da sociedade para o bem comum.
Ashley foi criada por deus e só a ele lhe compete decidir a sua evolução “o homem criado por deus e salvo por Jesus Cristo, isto é o princípio o fim da ética, de toda a vida social e politica de todas as estruturas existentes”.
A medicina vem melhorar alguns dos problemas de saúde existentes, mas será que no caso desta menina tem o direito de a submeterem a tanta “crueldade” nas cirurgias para lhe tirarem os órgãos que a levam ao crescimento e a meterem na em tantos tratamentos atrás de tratamentos, será que isto é ético? Eu acho que não pois e causa estão sofrimento de uma criança e a sua integridade física e psicológica., Neste caso não existe o respeito pela vida e saúde da menina, por certo este tratamento trouxe-lhe foi mais sofrimento, mais dor, não só a nível físico como moral.
Não duvido do amor que os pais têm por esta criança imagino que o sofrimento, de quem cuida de uma criança deficiente deve ser muito grande, e difícil de imaginar. Entendo que os pais dessas mesmas crianças cedam ao desespero e até que baixem os braços e desistam, entregando os filhos a instituições. Não percebo é com é que existem pais com coração para meterem uma criança nestes tratamentos grotesco e violentos, não bastando já verem a filha com a doença que em si já e muito dura.
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