Luís Henrique Oliveira
Uma empregada de um hipermercado de Darque, em Viana do Castelo, ter-se-á apoderado indevidamente dos cartões multibanco de clientes e efectuado com eles gastos que estarão ainda por contabilizar mas que serão em muito superiores a mil euros.
De acordo com as autoridades, as situações ter-se-ão verificado por duas vezes, em Setembro e Novembro passados, no "E. Leclerc". Porém, a funcionária, residente no concelho e que trabalhava numa das caixas da superfície comercial, viria apenas a ser descoberta em Novembro. Confrontada com a situação, terá admitido, perante a gerência do estabelecimento, a autoria de um dos actos, sendo despedida. Aguarda, agora, o desenrolar do processo judicial interposto pela empresa.
Segundo fonte ligada ao processo, além da queixa formulada pela superfície comercial, na GNR de Viana do Castelo foram apresentadas outras duas participações, contra desconhecidos, por clientes daquele grupo de distribuição, que observaram que os respectivos cartões "terão ficado" no hipermercado. De acordo com a mesma fonte, mais de mil euros terão sido retirados da conta de um dos cartões.
Segundo fonte da administração, a empresa participou "de imediato", a situação às autoridades, procedendo à rescisão do contrato de trabalho "por justa causa". Interpôs, também, um processo contra a funcionária "para a salvaguarda da imagem" da firma, processo este que se encontra, agora, em fase de inquérito.
Fonte: http://jn.sapo.pt/2007/01/04/policia_e_tribunais/funcionaria_usava_cartoes_clientes.html
Comentário:
Esta notícia surge numa altura, em que cada vez mais aparecem vários problemas relacionados com cartões de crédito na nossa sociedade.
Esta é apenas mais uma notícia sobre o assunto.
Desta vez trata-se de uma empregada que se apoderou indevidamente dos cartões de crédito dos clientes do hipermercado de onde trabalhava.
Possivelmente aproveitava-se da distracção dos clientes e roubava-lhes os cartões. Apesar de terem existido várias queixas, só admitiu a autoria de um dos actos, pois ao se encontrar entre a espada e a parede, sendo confrontada com a gerência do hipermercado, deve ter tido medo e admitiu ter sido ela a autora do crime.
Este acto da funcionária do hipermercado não só é um grave caso de falta de ética, como também é ilegal.
Estamos numa época em que as pessoas fazem tudo por dinheiro, sem pensar nas consequências dos seus actos, sem pensar se está a prejudicar alguém, mas neste caso teve azar pois em vez de ter tirado proveito dos seus actos saiu prejudicada pois não só perdeu o emprego como agora tem um caso contra ela em tribunal, correndo mesmo o risco de ser presa ou pagar uma indemnização aos clientes lesados.
Ao agir assim a funcionária demonstra uma falta de ética profissional, pois vai contra os princípios éticos e legais estabelecidos naquele estabelecimento comercial, que certamente deverá ter um código de ética para ser seguido por todos os funcionários.
A funcionária só quando foi descoberta é que admitiu o que tinha feito, pois se isso não tivesse acontecido ela nunca teria contado a verdade e possivelmente continuaria a fazer o mesmo a mais clientes, sem pensar nas consequências.
Como consequência dos seus actos foi despedida do estabelecimento e aguarda o desenrolar do processo interposto pela empresa.
Pois o hipermercado não deixou passar em branco a situação e apresentou queixa da funcionária.
A empresa teve uma atitude correcta, soube agir com responsabilidade e com ética, pois desta forma o que aconteceu à funcionária servirá de exemplo, para que não se voltem a repetir casos semelhantes, pois já saberão o que lhes irá acontecer, se cometerem o mesmo crime.
A empresa não só participou o ocorrido às autoridades, como também interpôs um processo contra a funcionária para salvaguardar a sua imagem diante dos seus clientes e da sociedade no geral.
Pois mesmo sem ter culpa o nome do estabelecimento fica sempre em causa, pois quando se fala no ocorrido, liga-se o nome da funcionária à empresa.
Como tal a empresa tem que limpar o seu nome.
Mais casos foram registados, mas como a funcionária só admitiu ter sido a autora de um dos roubos, fica agora por se apurar os restantes responsáveis, se é que os há, pois não se sabe se a funcionária não estará a mentir.
Há que pensar como a funcionária consegue viver com o peso na consciência dos actos que praticou. Pois em questões de ética já foi verificado que não tem nenhuma, pois para se ter ética é necessário também se ter responsabilidade, consciência do que está certo e do que está errado.
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1 comentário:
Comentário:
Perante a notícia sobre uma funcionária que ficava com os cartões de crédito dos clientes, a minha colega fez o seu comentário, referindo o que pensava sobre a situação proporcionada pela funcionária.
Deste modo a minha colega considera que a empregada teve falta de ética profissional.
Eu tenho a mesma opinião que a minha colega, pois considero que a empregada teve falta de ética profissional, porque não concordo que seja correcta a sua atitude ao ficar com os cartões dos clientes e depois lhe retirar dinheiro da conta e também “condeno” a sua atitude de não querer confessar os actos praticados.
Mas esta notícia levantou-me uma dúvida, que foi o facto de as pessoas entregarem os cartões para pagarem a conta e depois não se aperceberem que a empregada não lhe devolvia os cartões.
A empregada até podia exercer muito bem as suas funções na empresa mas claro que perante esta situação a empresa tinha que a despedir, isto porque a empresa não pode admitir que os seus funcionários tenham atitudes com falta de ética profissional, como o que aconteceu.
Foi preciso a empresa a pôr contra a parede, como diz a minha colega no seu comentário, para esta dizer que tinha cometido um dos actos, digo um dos actos porque existem queixas de dois actos deste tipo.
Mas será que existem mesmo só estes dois casos, não sabemos, mas podem existir muitos mais, pois se ela teve falta de ética profissional uma vez (confessado por ela) nada nos indica que não o pode ter cometido mais vezes.
Podemos ainda sobre este facto colocar uma outra questão, se ela confessou só um dos casos será que foi mesmo ela a praticar o outro, ela sabia que seria despedida na mesma, mesmo só confessando um acto, podemos aqui então pôr a hipótese de o outro caso ter sido realizado por outro funcionário da empresa, se for esse o caso mostra que existe bastante falta de ética profissional nesta empresa, perante esta situação a empresa tem que estar bem atenta à situação, de modo a vir a conseguir trava-la, pois a falta de ética profissional pode vir a prejudicar muito a empresa perante os seus clientes.
Este caso serve de exemplo para nós pensarmos em ter cuidado quando vamos a algum estabelecimento comercial e pagamos as nossas despesas com o cartão de crédito, temos que estar bem atentos a todos os passos realizados pelo funcionário.
De certeza que foi assim que os clientes do referido hipermercado começaram a agir, outros talvez até tenham deixado de pagar com cartão de crédito, pode-se dizer que as pessoas ao saberem destes acontecimentos decorridos no hipermercado começaram talvez a mudar os seus hábitos, se pagavam com cartão de crédito agora não o devem fazer, devem ter ficado com algum receio de o fazer. Isto tudo provocado por uma funcionária que não teve ética profissional.
Como punição por a falta de ética a funcionária foi despedida, o que considero muito correcto, porque se a empresa tem um código de ética é para todos o cumprirem, não é só para alguns o cumprirem.
Este caso também serve de exemplo para todos os restantes funcionários para seguirem o código de ética da empresa.
Existem por vezes actos que são considerados actos sem ética profissional, mas que as pessoas que os realizam consideram não o ser, devido ao facto de terem opiniões, valores diferentes dos que estão previstos no código de ética da sua empresa ou da sua profissão, mas mesmo nessas situações o devem cumprir. Mas neste caso a funcionária nem pode alegar esses factos, isto porque qualquer pessoa sabe que está errado roubar outra pessoa, pois isso além de não ser correcto é também um crime punível perante toda a sociedade.
Será que a funcionária tinha a sua consciência tranquila, com certeza que sim porque por mais necessidades que tivesse mais valia pedir a alguém do que roubar, ela quando realizou esse acto sabia que estava a ir contra o código de ética profissional pelo qual se devia reger.
Neste caso ainda podemos colocar uma outra hipótese, que é a seguinte: será que algum colega de trabalho não sabia dos actos praticados pela funcionária, podia ter acontecido algum dia um colega ter visto, ou ela até podia ter comentado o facto com algum colega.
Se algum facto destes aconteceu pode-se dizer que foi cúmplice, deste modo também estava ter falta de ética profissional, pois estava a ser cúmplice de um acto contra o seu código de ética. Deste modo teria de ser também punido, e acho que devia ser punido de igual forma como a funcionária.
Podem achar que não é justo porque essa pessoa só foi cúmplice, mas eu não acho porque essa pessoa podia ter denunciado o caso e podia ter evitado talvez todo o problema, por isso tem que ser punido de igual forma.
Por isso temos que ter bem em mente o código de ética da nossa profissão de modo a não ir contra as suas regras, e para que se vermos algum acto que seja contra o código denuncia-lo.
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