sábado, janeiro 06, 2007

A REFER adoptou um Código de Ética e de Conduta

Notícia Retirada directamente do site da REFER (Rede Ferroviária Nacional) na secção de notícias desta empresa, publicada em Dezembro de 2006.
Resumo da Notícia:
O Conselho Administrativo da REFER adoptou, em Dezembro de 2006, um Código de Ética e de Conduta, com o objectivo de reforçar os padrões éticos de todos os seus domínios de actuação, esperando com isso, criar uma base para a sua política de Responsabilidade social.
A implementação deste código vai definir os valores da empresa, promovendo melhores relações entre esta e todos os indivíduos ou entidades com quem transacciona, incluindo a própria comunidade em geral, ao colocar à disposição de todos a sua Comissão de Ética para esclarecimentos ou reclamações relacionadas com o incumprimento deste código.
Comentário à Notícia:
Hoje em dia, dados os desafios colocados às empresas, a ética deixa de ser uma opção para passar a ser uma necessidade.
A adopção de um código de ética pode ter a ver com situações que justifiquem a sua utilização, normalmente no sentido de melhorar práticas ou tirar daí algumas vantagens, como por exemplo a necessidade de reduzir os custos associados a condutas menos correctas, criar a confiança da empresa, melhorar os compromissos dos colaboradores para com a empresa, tornando-a mais atractiva, diferenciar-se dos concorrentes, aumentar a qualidade, melhorar a imagem, criar modelos de actuação, criar práticas homogéneas entre os colaboradores, reforçar práticas já existentes, entre outras.
Assumir um código de ética é assumir um compromisso com valores duradouros. Será que a REFER vai conseguir cumprir esse compromisso?
Uma empresa só se justifica se, por um lado, conseguir prestar um bom serviço que traga vantagens aos seus clientes e, por outro lado, conseguir gerar riqueza que seja suficiente para cumprir com as obrigações para com todos os que fazem parte dela.
No sentido de dar cumprimento aos seus objectivos, em que um deles é disponibilizar ao mercado uma rede ferroviária fiável e de qualidade, ou seja, prestar um bom serviço, torna-se importante para a REFER a preocupação com questões como a Responsabilidade Social, Éticas e Ambientais, bem como a tomada de consciência do impacto da sua actuação. A própria certificação de qualidade torna importantes estas questões, fazendo com que as empresas se preocupem, cada vez mais neste sentido.
A REFER, enquanto empresa pública, sente a necessidade de ser Socialmente Responsável, devendo dar o exemplo, através de comportamentos éticos, a todos aqueles com quem se relaciona ou que, de forma mais ou menos crítica a observam. Ao adoptar este Código de Ética, a REFER está a dotar-se de valores e normas que dirigem a sua actuação no sentido do desenvolvimento positivo, favorecendo-a caso o mesmo seja seguido, no entanto, se não o seguir deixará margem para dúvidas e críticas ou até mesmo reclamações e perda de confiança por parte dos seus clientes, fornecedores, colaboradores, etc, uma vez que estes códigos tornam as entidades que os adoptam mais transparentes, podendo pôr em risco a reputação das mesmas quando, sabendo que eles existem se verifica que não cumpridos. Neste sentido, um código de ética pode ajudar na construção e desenvolvimento ou, por outro lado, contribuir para a destruição de uma empresa, conforme este seja ou não cumprido.
Assumindo um código de ética, a REFER está a auto-regular a sua actividade, podendo vir a atingir metas que, de outra forma seriam difíceis de alcançar, como a fidelização dos seus clientes, colaboradores, etc., porque a ética trás a confiança que uma empresa quer que tenham em si. Mas nem sempre é fácil seguir a conduta que se assume num código de ética e conduta e o seu incumprimento pode condenar uma empresa ao insucesso ou fracasso. O mais difícil de tudo é, dado que a ética incide sobre o sujeito individual e não na própria empresa, fazer com que todos os indivíduos constituintes da REFER cumpram e sigam esse código, porque a empresa é o conjunto de todos os indivíduos que a constituem e nesta empresa, com tantos indivíduos torna-se complicado padronizar os comportamentos e atitudes através de um código que não se sabe à partida se todos irão cumprir. Neste sentido, a REFER, ao assumir este código, está, consequentemente a assumir o risco do seu fracasso, no entanto, está disposta a sujeitar-se ao custo inerente à sua adopção para poder daí ter perspectivas de que este código venha a gerar lucros.
O conjunto de deveres e valores inscritos num código de ética, regem-se pelo profissionalismo e respeito para com todas as entidades com quem a empresa se relaciona, desde clientes, fornecedores, colaboradores, outras entidades, a comunidade em geral, entre outros, nunca esquecendo o ambiente. Com este código, a REFER tem assim reunidos alguns requisitos para melhorar a sua actuação. No entanto, considero importante que se refira que a simples adopção deste código não é suficiente, constituindo apenas um passo num longo percurso. O importante é que seja realmente seguido, caso contrário poderá originar resultados inversos aos pretendidos. Não importa apenas ter um código de ética. O mais importante é saber e desejar aplicá-lo. O código de Ética indica apenas, teoricamente, o que fazer mas, sabendo o que fazer é preciso ter vontade de aplicar o que se sabe que há a fazer ou o código de ética só servirá para dar uma má imagem da empresa e deixar margem para críticas.
Para terminar, de ter-se em linha de conta que um código de ética por si só, por mais bem elaborado que esteja, não garante que existam comportamentos éticos, não sendo por isso suficientes isoladamente, a não ser que sejam acompanhados de um bom carácter pessoal e de uma boa formação moral de cada indivíduo que integra a empresa, bem como da vontade de aplicar as suas práticas.

1 comentário:

Orlando Roque disse...

"Notícia Inválida" por ausência de conteúdo ou ligação ético-profissional.