Notícia retirada do jornal Primeiro de Janeiro de Braga.
A tese de doutoramento de Joaquim Fidalgo foi ontem apresentada em Braga referindo que a ética deverá definir o futuro do jornalismo.
A tese de doutoramento de Joaquim Fidalgo foi ontem apresentada em Braga referindo que a ética deverá definir o futuro do jornalismo.
O jornalista Joaquim Fidalgo defendeu ontem o regresso às questões da ética e da auto-regulação como elementos centrais da competência e da identidade profissional no Jornalismo. “Um jornalista que não seja ético não pode ser competente”, disse. Porque “a ética é o ingrediente central da própria competência dos jornalistas”, segundo o também professor universitário, que concedeu uma entrevista à Agência Lusa sobre a sua tese de doutoramento em Ciências de Comunicação, com o título «O lugar da ética e da auto-regulação na identidade profissional dos jornalistas», que foi apresentada ontem em Braga. Joaquim Fidalgo procurou compreender “as características específicas da profissão de jornalista”, num contexto em que já não são apenas aqueles profissionais a difundir informação para o público. “Com a internet, por exemplo, as fontes primárias passaram também a publicar informação nos respectivos sites, desempenhando uma função que era, até há uns tempos, exclusiva aos jornalistas”, sustentou.Para o investigador é necessário encontrar a característica “diferenciadora” da profissão, e essa deverá ser a ética e deontologia profissional. Neste contexto, a responsabilidade ética, numa profissão com a influência e o impacto social do jornalismo, implica a prestação de contas à sociedade, noção que o levou a pensar as vantagens da auto-regulação dos media e dos seus profissionais, considerando tratar-se do “melhor modo de equilibrar liberdade de expressão e de imprensa com a responsabilidade”, bem como os seus limites e fragilidades. Entre os mecanismos de auto-regulação dos media, como Conselho de Redacção, Livro de Estilo, Estatutos de Redacção, Código e Conselho Deontológico, Conselho de Imprensa, Correio dos Leitores e Tribuna Pública, Crítica de Média ou Provedor do Leitor, ouvinte ou espectador, Joaquim Fidalgo escolheu o último para uma análise mais aprofundada, tendo como ponto de partida a sua experiência de cerca de dois anos a exercer aquelas funções no jornal «Público».
Na minha modesta opinião penso que os profissionais da informação devem-se reger por padrões elevadíssimos de ética para assim prestarem um melhor serviço á comunidade.
Como é do conhecimento público acontecimentos e factos relevantes são as notícias que as pessoas querem ver, mas nem sempre o que as televisões, rádios, jornais e revistas divulgam, são necessariamente verdades jornalisticamente éticas e incontestáveis. No actual contexto, em que o capitalismo dita as regras da economia, tudo passa a ter seu valor, inclusivamente a notícia. Mas notícia como mercadoria pode e deve ser tratada dentro dos princípios da conduta ética e profissional, tendo como objectivo, acima de tudo, oferecer boa qualidade de informação e satisfazer as necessidades de consumo dos leitores com um produto verdadeiro. E esta aprendizagem sobre o que é ético e o que não é, resulta do ambiente em que o jornalista está inserido mais o que aprendeu quando estava na universidade.
É da minha convicção que a ética no jornalismo tem sido abolida na prática profissional de alguns jornalistas e responsáveis por meios de comunicação actualmente integrados no mercado de trabalho. Não é raro abrirmos um jornal, ou ver na televisão notícias tendenciosas, que visam beneficiar uma das partes, prejudicar a imagem da outra parte ou mesmo esconder a verdade dos factos.
A guerra pelas audiências ou pela tiragem no caso dos jornais e revistas, e pela notícia exclusiva que os meios de comunicação afirmam sempre ser, os jornalistas e os seus chefes de redacção muitas vezes afastam-se da conduta ética e oferecem ao público uma informação de má qualidade. Neste momento em que a lógica do espectáculo e do entretenimento contamina os veículos jornalísticos, em que as mega fusões de empresas de comunicação aumentam como nunca o poder dos media em todo o mundo, há uma significativa perda de valores do forro ético e jornalístico entre o exercício da profissão e o dos profissionais envolvidos no contexto.
O compromisso fundamental do jornalista com a verdade dos factos e o seu trabalho parecem nem sempre estarem pautados diariamente em todos os meios de comunicação, principalmente nas chamadas “revistas cor-de-rosa” pela precisão da narração dos acontecimentos e sua correcta informação, assim, diariamente, vemos jornalistas divulgando noticias contra a moral e os bons costumes das pessoas. No jornalismo acontece muito também, os desvios de interpretação durante uma entrevista e/ou depois, na construção desvirtuada de um texto, este facto pode ter vários motivos: o desejo de auto promoção do jornalista, a mudança de rumo dos factos, dando-lhe outros significados e sentidos, a fim de satisfazer a linha editorial do meio de comunicação e talvez a necessidade de transformar aquela notícia normal como tantas outras em algo mais interessante, que renda quem sabe até uma manchete de primeira página.
Já na Internet, não é muito diferente, qundo se trata de desvios éticos. Apesar de ela ter trazido inúmeros aspectos inovadores e revolucionários de comportamento e atitude social, neste sentido ainda mais informação de muito material de boa qualidade poderia estar disponível para todos na Internet, mas não está disponível porque os responsáveis temem a cópia não autorizada. Muitos pintores, poetas, fotógrafos e até jornalistas deixam de colocar o seu material na Internet porque sabem que não podem impedir a pirataria.
Em ultima analise resta me dizer que o mercado da informação tornou-se num mercado económico onde a concorrência impera, o que faz com que os diferentes meios de comunicação lutem desenfreadamente para conquistar novos públicos, fazendo assim com que as notícias por si publicadas nem sempre sejam totalmente verdadeiras, ultrapassando assim os bons costumes, ultrapassando assim a ética de valores.
É da minha convicção que a ética no jornalismo tem sido abolida na prática profissional de alguns jornalistas e responsáveis por meios de comunicação actualmente integrados no mercado de trabalho. Não é raro abrirmos um jornal, ou ver na televisão notícias tendenciosas, que visam beneficiar uma das partes, prejudicar a imagem da outra parte ou mesmo esconder a verdade dos factos.
A guerra pelas audiências ou pela tiragem no caso dos jornais e revistas, e pela notícia exclusiva que os meios de comunicação afirmam sempre ser, os jornalistas e os seus chefes de redacção muitas vezes afastam-se da conduta ética e oferecem ao público uma informação de má qualidade. Neste momento em que a lógica do espectáculo e do entretenimento contamina os veículos jornalísticos, em que as mega fusões de empresas de comunicação aumentam como nunca o poder dos media em todo o mundo, há uma significativa perda de valores do forro ético e jornalístico entre o exercício da profissão e o dos profissionais envolvidos no contexto.
O compromisso fundamental do jornalista com a verdade dos factos e o seu trabalho parecem nem sempre estarem pautados diariamente em todos os meios de comunicação, principalmente nas chamadas “revistas cor-de-rosa” pela precisão da narração dos acontecimentos e sua correcta informação, assim, diariamente, vemos jornalistas divulgando noticias contra a moral e os bons costumes das pessoas. No jornalismo acontece muito também, os desvios de interpretação durante uma entrevista e/ou depois, na construção desvirtuada de um texto, este facto pode ter vários motivos: o desejo de auto promoção do jornalista, a mudança de rumo dos factos, dando-lhe outros significados e sentidos, a fim de satisfazer a linha editorial do meio de comunicação e talvez a necessidade de transformar aquela notícia normal como tantas outras em algo mais interessante, que renda quem sabe até uma manchete de primeira página.
Já na Internet, não é muito diferente, qundo se trata de desvios éticos. Apesar de ela ter trazido inúmeros aspectos inovadores e revolucionários de comportamento e atitude social, neste sentido ainda mais informação de muito material de boa qualidade poderia estar disponível para todos na Internet, mas não está disponível porque os responsáveis temem a cópia não autorizada. Muitos pintores, poetas, fotógrafos e até jornalistas deixam de colocar o seu material na Internet porque sabem que não podem impedir a pirataria.
Em ultima analise resta me dizer que o mercado da informação tornou-se num mercado económico onde a concorrência impera, o que faz com que os diferentes meios de comunicação lutem desenfreadamente para conquistar novos públicos, fazendo assim com que as notícias por si publicadas nem sempre sejam totalmente verdadeiras, ultrapassando assim os bons costumes, ultrapassando assim a ética de valores.
Ass: Lino Pereira nº 4614 GE(N)
3 comentários:
Resolvi comentar esta notícia e não outra, porque foi aquela que me suscitou algum interesse: Mas porque falar em ética no jornalismo?
No meu entender, falar de ética é importante porque a principal matéria-prima do jornalismo, a notícia, é lida directamente com os interesses de grupos organizados da sociedade. Toda e qualquer notícia vai promover o interesse de um grupo da sociedade em detrimento do interesse de outro, por mais que ela seja isenta e se regre pela objectividade e pela busca da verdade, que por sua vez são fundamentais.
Mas essa questão está resolvida, pelo menos teoricamente. O congresso dos jornalistas abraçou a causa da Ética e afirmou, por meio do código, que o grupo a ser beneficiado quando da produção de notícias e reportagens tem de ser sempre o conjunto da sociedade.
Mas como se faz isso na prática?
Em primeiro lugar, defendendo arduamente o direito da sociedade à informação. Defender esse direito é combater todas as formas de censura.
Por exemplo, acontece muitas vezes os jornalistas serem impedidos de fazer a cobertura do lançamento de algumas campanhas. E mais do que impedir o jornalista de acesso a informação, e impedir que a informação chegue a milhares de leitores.
Os meios de comunicação têm esse papel de prestação de serviços, esse papel de prover o bem que é a informação. Mas o código de ética dos jornalistas tem isso apenas como o começo. Tão importante quanto lutar pela integridade da informação é defender os Direitos Humanos.
É dever de todo jornalista conhecer bem a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Valorizar a cultura local é plantar uma semente pela valorização dos homens que a produzem.
Os, jornalistas, tem de dominar a língua, que é instrumento essencial de trabalho. E de desenvolver a habilidade de pensar com mais clareza lendo os clássicos da literatura, os manuais de redacção, as gramáticas, os dicionários e, melhor, a combinação de todos eles.
Contudo, no meu ponto de vista os jornalistas, por uma questão não só de ética só devem fazer aos outros o bem que gostariam que lhes fizessem a eles, pois a Ética jornalística é fazer valer o bem comum.
O jornalismo investigativo deve procurá-las, para existir um controle ético da notícia, pois o jornalismo baseado no denuncismo só tem uma explicação: a guerra pela audiência, quantas primeiras capas as revistas conseguiram ou quantas primeiras páginas os jornais publicaram. Sobram acusações, mas faltam investigações e análises das denuncias. O jornalismo de qualidade não é feito informações vazadas ou de declarações indignas, mas sim, em apurar o facto no seu todo. Mas, falar sobre um tema como a ética da informação implica fazer uma abordagem ás condicionantes que, no mundo de hoje, intervêm e influenciam a sociedade ao nível da difusão da informação. Esta difusão ocorre através de processos complexos em que a ética tem por vezes, um lugar mal definido ou pouco significativo.
Os agentes da comunicação social cedo se habituaram a não quebrar as regras de deontologia e, como tal, não é preciso fazer um esforço de memorização para ter presente o seu código. Este é caracterizado por um conjunto de regras que pretendem criar algumas limitações, sem as quais se prejudicariam os cidadãos, nomeadamente em profissões que, normalmente, lidam com o grande público.
Tudo aquilo que vai contra a moral é um crime contra a deontologia. O código deontológico é então uma extensão da ética. Os profissionais devem agir, acima de tudo, com dignidade e lisura.
Como todos sabemos, qualquer grupo profissional no exercício das suas funções deve ter sempre presente a sociedade onde está inserido. Os jornalistas não são excepção á regra e por isso, é-lhe exigido uma conduta deontologicamente acertada, não desvirtuando e muito menos ofendendo os princípios, valores e comportamentos que regem a sociedade onde está circunscrito. Para tal, ele tem ao seu dispor um código que lhe permite saber quais os seus direitos e deveres, ou seja o chamado código deontológico, que possui pontos essenciais para que o jornalista não viole os valores socialmente protegidos e defendidos, pois não causa admiração se se disser que o jornalista é produtor da opinião pública.
Decidi comentar esta noticia visto que é uma situação que concordo e que temos presente todos os dias, em que o jornalista como profissional que é, deve ser ético naquilo que efectua e expõe, ou seja este deve ter em conta a fonte da noticia visto que a fonte deve ser fidedigna e responsável por aquilo que indica ao jornalista, mas este deve ter a preocupação de ouvir as varias partes envolvidas na situação, porque o que acontece muitas vezes são situações indicadas por indivíduos que acham que os jornalistas estão interessados na sua publicação, mas depois implicam terceiros. Ao implicar terceiros a noticia poderá não ser a correcta ou seja a situação que aconteceu verdadeiramente, não corresponde a realidade e o jornalista como a publicou vai ser o responsável por a informação prestada, mas para que este possa ser considerado “inocente” deve fazer prova, do que lhe foi indicado e que foi que prestou a informação ou seja a fonte, o “culpado” que terá de ser responsabilizado. Tendo por base o código deontológico dos jornalistas, estes devem relatar os factos com exactidão e interpreta-los honestamente, em que os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesse atendíveis na situação.
O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a rectificação das informações que se revelem inexactas e falsas.
Mas hoje em dia as noticias as noticias que consultamos nos nossos jornais não são como deveriam, visto que o que os jornalistas publicam é o que os leitores querem ver e não a realidade, ou seja é dada muita importância a vida de varias pessoas da nossa sociedade, desde actores, actrizes, futebolistas, políticos, entre outras figuras. Mas os jornalistas devem ter em atenção o relato que é feito visto que o dever destes é respeitar a privacidade dos cidadãos, excepto se estiver em causa o interesse público ou a conduta do indivíduo vá contra valores e princípios que publicamente defende.
Os jornalistas para que sejam os primeiros a publicaras noticias e face a concorrência que dispõem muitas vezes vão contra valores éticos e contra o código deontológico, não têm atenção os pontos essenciais (regras e procedimentos) e não olham aos meios para alcançar os fins, logo por estes mesmos motivos não lhes importa se a forma para conseguir a informação. Ou seja, como é evidente estes tem de lutar para conseguir ter acesso as fontes da informação, mas estes devem ser conseguidos de forma licita e não abusar da boa fé. Visto que os jornalistas devem utilizar os mais leais para obterem as informações. Como muitas vezes não o fazem, são acusados de denúncia caluniosa e para alem disso, este tipo de comportamentos põe em causa o trabalho dos outros jornalistas que serão considerados como tal, sejam estes éticos ou não.
Nos dias que correm e através de jornais e revistas existem noticias que não são publicadas por jornalistas, ou seja como o autor desta notícia refere “é necessário encontrar a característica diferenciadora da profissão” de jornalista.
Através dos vários meios de comunicação verificamos “noticias” que não são publicadas nem referenciadas por jornalistas, mas sim por individualidades publicas que dão a sua opinião acerca de determinado assunto, mas põe muitas vezes vem causa a profissão dos jornalistas, mas todos nós ao comentar determinado assunto somos livres, ou seja temos liberdade de expressão, mas não devemos de ir contra os valores e princípios dos outros, logo é necessário criar determinados limites para que cada um saiba ate onde pode ir.
Relativamente a internet, é uma fonte de fácil acesso em que se encontram todo o tipo de notícias com carácter ético ou não ético, publicadas por jornalistas e por não jornalistas, onde acontecem varias situações de plágio que são puníveis por lei. Mas a vantagem deste meio de informação é que qualquer pessoa ao aceder a internet tem a possibilidade de dar a sua opinião sobre determinado assunto, em que muitas vezes dão que pensar a sociedade em que vivemos que se preocupa com a vida de figuras públicas, futebol e não com crianças, idosos e mesmo adultos que todos os dias morrem a fome e com frio, ou que vivem em situações sub humanas.
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